segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Frente Parlamentar das Ferrovia Paulista na ALESP




 Nosso blog Ferro Anel SP  tem a satisfação de comunicar a abertura dos trabalhos da  Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista que se iniciou dia 23 novembro de 2011 no plenário Dom Pedro 1º, na Assembléia Legislativa de São Paulo, onde o Deputado Estadual Mauro Bragato iniciou a coordenação; e a ação permitirá que parlamentares juntamente com representantes do Poder Público, prefeitos, entidades sindicais, empresários e a sociedade civil, debatam o assunto e busquem soluções para os problemas que os municípios têm enfrentado em decorrência do abandono em que se encontram diversas linhas ferroviárias no Estado de São Paulo. Segundo o deputado, o objetivo também é encontrar caminhos para a retomada do crescimento da malha ferroviária.

A frente é uma continuidade da atuação do Deputado Mauro Bragato como relator da CPI das Ferrovias da Assembléia Legislativa de São Paulo - ALESP, que terminou em 2010, após seis meses de trabalho. No documento final, Bragato expôs um raio-X da situação da malha ferroviária paulista e trouxe a público o inquérito realizado pela Polícia Federal, na chamada operação Fora dos Trilhos, que apurou crimes praticados contra os bens da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e da Fepasa (Ferrovias Paulistas).

São participantes os parlamentares da Assembléia Legislativa de São Paulo. Os Deputados Estaduais membros: Analice Fernandes, Carlão Pignatari, Cauê Macris, Celso Giglio, Fernando Capez, João Caramez, Maria Lúcia Amary, Pedro Tobias, Geraldo Vinholi, Roberto Massafera e Welson Gasparini, todos do PSDB; Edson Ferrarini e Roque Barbiere, ambos do PTB; Enio Tatto, Hamilton Pereira e Simão Pedro, os três do PT; Vitor Sapienza (PPS), André do Prado (PR) e Antonio Salim Curiati (PP). 

 Nós do blog  Ferro Anel SP e dos blogs coligados Ferrovia Campinas BH , Ferrovia Intermodal , Ferrovia Futebol & Arte pretendemos dar nossa contribuição, inclusive estivemos presente e participando em 17 de junho de 2011 dos eventos da Frente Parlamentar Mista das Ferrovias do Congresso Nacional presidida pelo Deputado Federal Pedro Uczai no auditório Franco Montoro na Assembléia Legislativa de São Paulo – ALESP em audiência pública organizado pelo Deputado Estadual Edmir Chedid, Presidente da Comissão de Transportes e Comunicações da ALESP, que conjuntamente com o Deputado Federal Junji Abe membro da Frente Parlamentar das Ferrovia do Congresso trouxe o evento para a ALESP em São Paulo conjuntamente com o Deputado Zico Prado  membro da Comissão e Infra-estrutura da ALESP que esteve presente, em  audiência aberta pelo Presidente da ALESP Deputado Estadual José Antonio Barros Munhoz.

Durante os trabalhos da audiência publica da Frente Parlamentar Mista das Ferrovias do Congresso Nacional, nossos Blogs apresentaram a necessidade do Estado de São Paulo, voltar a ter políticas publicas para o setor de Transporte Ferroviário de Carga, onde a Secretaria de Transportes e Logística do Estado de São Paulo necessita ter urgentemente um Departamento Ferroviário de carga, pois se um prefeito ou cidadão paulista precisar resolver um problema qualquer sobre ferrovia ou de uma cancela precisa ir a Brasília falar com o DNIT . Apresentamos também que apesar de São Paulo ter produzido o SITIC - ESP “Sistema Interiorizado de Terminais Interiorizados de Carga” através do consultor Eng. Cyro Laurenza  durante a gestão dos Governadores Orestes Quércia e Luiz Antonio Fleury os mesmo se encontra arquivados pelos arquivos mortos das bibliotecas especializadas em transporte do Estado de São Paulo  e  junto com o Sr. Silvio Ramon LLaguno secretario de Atibaia, questionamos sobre o Ferro Anel de São Paulo que se arrasta há década, onde a linha 9 Esmeralda da CPTM foi transformada em linhade Trem Metropolitano de passageiros engolindo o antigo trecho do contorno do ferro anel; felizmente a Presidenta Dilma assinou um acordo com o Governador Geraldo Alckmin pela construção do Trecho Norte do contorno ferroviário como atesta texto postado e necessita desenvolver o projeto executivo.

O interessante que nas paginas do portal da Secretaria de Transporte e Logística do Estado de São Paulo, existe um link em Programa e Projetos para o PDDT “Plano Diretor de Desenvolvimento de Transporte” e em Ações, o Governo de São Paulo coloca para o âmbito da Esfera Federal, o Ferroanel, as Ferrovia, o Trem Expresso e Carga e os Centros Logísticos que teoricamente substitui o SITIC, só que não disponibiliza o trabalho e se um cidadão paulista quiser, vai encontrá-lo nas paginas dos órgãos federais. 

 Se o Estado de São Paulo tem o maior plano nacional de reestruturação dos transportes de passageiro sobre trilho, onde o Secretario de Transporte Metropolitano  Jurandir Fernandes apresentou uma excelente palestra durante a audiência. Infelizmente o Estado de São Paulo não tem política publica para o sistema de transporte ferroviário de carga e nem mesmo um Departamento Ferroviário, apesar de possuir Departamentos: Rodoviário – DER “Departamento Estrada de Rodagens”, Aeroviário - DAESP e Hidroviário com Marítimo - DH ; mesmo com 93 % da carga geral sendo transportada pelo sistema de transporte rodoviário onde a maioria do transporte acontece na região da Macro Metrópole de São Paulo que engloba as regiões econômicas de Santos, São Paulo, Campinas, Sorocaba e São José dos Campos que estão circunscrita em um raio de 150 km da capital paulista viável ao sistema rodoviário.

Não tivemos representantes da Secretaria de Estado de Transporte de São Paulo durante a audiência da Frente Parlamentar das Ferrovias do Congresso Nacional na ALESP e só pudemos apresentar ao Presidente da Frente Parlamentar Mista das Ferrovia Deputado Federal por Santa Catarina Pedro Uczai que luta pela ferrovia do frango por seu Estado SC no governo Federal e ao representante do Governo de Minas Gerais, o Srº Diogo Prodoscimi - Subsecretário de Regulação de Transportes na Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais, lembrando o trabalho pioneiro do Srº Carlos Antonio Pinto cidadão brasileiro e mineiro da cidade de Lavras, maquinista aposentado da RFFSA a qual apresentou em 1997 a idéia da reconstrução da ferrovia ligando Belo Horizonte a Campinas , ferrovia para o Mercosul ligando as malhas ferroviaria de Minas Gerais, Espirito Santos e os Estados do Nordeste a malha sul dos Esatados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul em bitola métrica conhecida como estreita e um ferro anel expandido ligando São Paulo, Belo Horizonte e Rio de janeiro em bitola larga.

 O lema do escudo e Brasão da cidade de  São Paulo é  “NON DVCTOR DVCO” -  Não Sou Conduzido Conduzo e do Estado de São Paulo é  “PRO BRASILIA FIANT EXIMIA” - Pelo Brasil Façam-se Grandes Coisas , infelizmente São Paulo está deixando de ser a locomotiva do Brasil como foi conhecido por décadas, pois se não tem politica publica de ferrovias, não tem politica de transporte consistente; pois as ferrovias ainda são e serão colunas vertebrais primordiais para o tranporte de carga de média e longa distancia principalmente quando resurge com a revolução intermodal  onde as ferrovia são os tronco e o sistema rodoviario as vertebras através da integração por terminais intermodais de carga e da conteinerização.

 A Revolução Intermodal  que ocorreu nas ultimas décadas no mundo desenvolvido como preconizou o poeta José Sarney em seu magnifico texto “Estrada de Ferro - Caminhos do Futuro”  na jornal Folha de São Paulo em 1994 onde ele escreveu:

   “As ferrovias foram o transporte do passado e serão o do futuro. As novas tecnologias as trouxeram de volta. Renascem em todo o mundo, em todos os paises elas estão sendo construídas. Os trens de alta velocidade, os novos materiais, as novas técnicas de gestão fizeram que o transportes ferroviário fosse o mais barato, o mais rápido e o mais eficiente de todos.”

  “Hoje a era do transporte intermodal que integra ferrovia, hidrovia, rodovia, cabotagem e avião num todo sistêmico procura retirar todos os resultados possíveis desse conjunto, para obtenção de custos baixos.”




Carlos Eduardo do Nascimento
 ferroviaintermodal@gmail.com

2 comentários:

  1. Prezado Nascimento, meus parabéns pelo brilhante trabalho desenvolvido neste teu ferro-anel. Venho tentando, com muito empenho na area ferroviária, com idéias muito bem recebidas pelos governo estadual e federal, com a dificuldade de sempre, nossos empresarios~estão muito aquem da nossas necessidades e desafios. forte abraço e continue esse trabalho magnifico, porém pouco divulgado.
    Dentro do que me for possivel ajudarei nessa divulgação,
    Cyro Laurenza

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  2. Dentre as obras do PAC, uma que deveria estar incluída antes do TAV-trem de alta velocidade e ser priorizada é a Ligação rodo ferroviária Parelheiros–Itanhaém com rampas para ambos de no máximo 2,5 %, com o rodo e ferroanel metropolitano de São Paulo, pois a construção em conjunto se torna muito mais ágil e econômica, uma vez que o porto de Santos ultrapassou seu limite de saturação com filas de navios em de mais de 60 unidades, das quais podem ser avistados da Vila Caiçara em Praia Grande, além de que a Via Anchieta por ser a única via de descida permitida para ônibus e caminhões tem registrados congestionamentos e acidentes graves semanalmente, como este de hoje 22/02/2013 em que uma trompa d’agua na baixada paulista deixou o sistema Anchieta / Imigrantes em colapso, e o transito só foi restabelecido na madrugada do dia 24 seguinte, e em épocas de escoamento de safra também a Dom Domenico Rangoni (Piaçaguera–Guarujá) a Anchieta, se tornam congestionadas diariamente, com enormes filas de caminhões ao contrário da Manoel da Nóbrega, onde somente se fica com problemas em épocas pontuais na passagem de ano, ao porto de Santos, e os futuros portos de Itanhaém / Peruíbe.
    Enquanto não se completa o rodo e o ferroanel em São Paulo, esta ligação ferroviária pelo centro deve ser permitida com a utilização do sistema misto (cargas e passageiros), não se criando obstáculos e não se modificando a largura das plataformas, que já estão de acordo com o gabarito, que é de 3,15 m, e devem ser mantidas.
    E o vão se tornou evidente na CPTM, após o recebimento em doação dos trens espanhóis usados, que são mais estreitos e tem que trafegar com uma adaptada plataforma lateral de aprox. 9 cm em cada uma das portas, exatamente ao contrário do que acontece na Supervia-RJ, em que os novos trens chineses para trafegar tem que se cortar as plataformas, algo que se trafegassem em São Paulo estariam trafegando sem necessidade de alteração nas plataformas, pois as mesmas já estão dimensionadas para esta medida padrão.
    Atualmente na China trens de passageiros regionais trafegam a velocidade de ~150 km/h na mesma via dos trens de carga, em horários distintos, (Evidentemente o trem de carga não tem a necessidade de se trafegar a esta velocidade) e se tem toda uma logística embarcada por conta disto.
    Novamente se volta a propor a utilização de trens de passageiros convencionais regionais entre muitas cidades brasileiras, retificando e melhorando parte dos trajetos existentes, e com a expansão gradativa pela Valec, do norte para o sul de linhas em bitola única de 1,6 m, entendo ser esta, uma alternativa de implantação extremamente mais viável tanto econômica, como na rapidez e facilidade de execução e demandas garantidas, com prioridade de execução em relação ao TAV- Trem de alta velocidade, obra esta que tem uma seria tendência a se somar as grades maiorias deste programa, que estão incompletas ou paralisadas, que sempre tem data para começar, com términos, andamentos e custos imprevisíveis.

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